

A expressão “op-art” vem do inglês (optical art) e significa “arte óptica”. Defendia para arte "menos expressão e mais visualização". Apesar do rigor com que é construída, simboliza um mundo precário e instável, que se modifica a cada instante. Ligando-se remotamente ao Futurismo e mesmo às pesquisas cromáticas dos impressionistas, desenvolvidas a partir das teorias de Michel-Eugène Chevreul, a Op Art resvalou amiúde para a mera manipulação de fórmulas e receitas.
A terminologia foi incorporada na Historia da arte após a exposição "The Responsive Eye" (O olhar compreensivo, MOMA/Nova York, 1965), referia-se ao movimento que conhece o auge entre 1965 e 1968. Os artistas aqui envolvidos privilegiam a interacção entre ilusão e superfície plana - visão e compreensão. Diálogo entre indústria e média, estes trabalhos enfatizam a percepção a partir do movimento do olho sobre a superfície da tela. As composições são sobretudo abstractas - linhas e formas seriadas se organizam em termos de padrões dinâmicos, que parecem vibrar, tremer e pulsar. O olhar, convocado a transitar entre a figura e o fundo, a passear pelos efeitos de sombra e luz produzidos pelos jogos entre o preto e o branco ou pelos contrastes tonais, é fisgado pelas artimanhas visuais e ilusionismos.
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